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sábado, 9 de fevereiro de 2008

4- Emocional

Oi, queridos!

Como prometi, neste post falarei da questão do lado emocional.

Vários pacientes alegam ter passado por momentos difíceis emocionalmente quando a doença apareceu. Alguns poucos dizem não ter visto relação alguma. E a ciência até hoje desconhece a causa.

O que sabemos é que o estresse emocional tem a capacidade de ativar a doença novamente. Os relatos são bem conclusivos. Mas pacientes ainda ficam na dúvida: "será que meu emocional desencadeou o Crohn, ou foi o Crohn quem desencadeou meu emocional?"

Uma questão interessante e importante a ser abordada é que a maior parte das pessoas acha que quando se refere a fator emocional, subtende-se um abalo íntimo causado por diversos fatores como: a perda de alguém querido, o rompimento de uma relação, o desemprego inesperado, uma briga com alguém que se gosta, uma doença grave na família, etc. Mas existem pessoas que não gostam e/ou não conseguem se expor diantes de uma situação estressante, independente do grau de estresse. E aí elas vão acumulando dentro de si algumas mágoas, algumas questões pendentes, chateações e aborrecimentos, entre outros. Cada um dos problemas vividos ficou latente dentro da pessoa. Até que de repente explodem!

Uma vez ouvi um psiquiatra dizendo que o corpo responde ao desequilíbrio emocional de 3 formas diferentes: pelos poros (pele), através de alergias e dermatites; pelo pulmão, através de bronquites, asmas, etc; e pelo intestino. São as 3 vias de eliminação que possuímos.

O mais engraçado é que tive uma dermatite forte em 1999 em que meu corpo inteiro ficou recoberto de pústulas e coçava por inteiro. Chegava a abrir em feridas em alguns locais, principalmente atrás dos joelhos e na virilha. E da mesma forma que apareceu, também sumiu, após 1 ano. Pouquíssimo tempo depois as diarréias começaram.


Não posso dizer que, na época, tive um abalo emocional forte, que fizesse meu corpo desequilibrar a ponto de reagir dessa forma agressiva, mas posso afirmar que durante minha vida sempre fui guardando as coisas que me chateavam. Como dizem popularmente, engolia sapos. Mas eram sapos vivos, que ficavam latejando dentro de mim e eu não conseguia vomitá-los.

Após o surgimento do Crohn em minha vida fiz 3 tentativas de acompanhamento psicológico. O primeiro foi terrível, pois o profissional que busquei nem nunca tinha ouvido falar de Doença de Crohn e não demonstrou interesse nenhum em saber algo mais sobre ela. Achei errado me tratar dessa forma e só fiz 3 sessões. O segundo foi ótimo. Um rapaz formado a pouco, cujo pai era médico e tratava pacientes de DII, famoso inclusive. Ele conhecia a doença, se ofereceu a ajudar o GADII (conto mais à frente para vocês o que é o GADII detalhadamente) e ofereceu descontos para os associados. Tratei com ele por 3 meses e precisei parar. O terceiro fui apenas em uma consulta, porque não tive condições de pagar o tratamento e meu convênio não cobre.

Mas uma coisa é certa: o tratamento da doença com acompanhamento de uma terapia só tende a favorecer. Quem acredita nisso e arrisca consegue notar a diferença em pouco tempo. E quem não arrisca não pode opinar...rs

Agora, sessão-conselho: (até parece que tenho moral prá isso) Tentem ocupar um pouco do tempo com alguma atividade que trabalhe com o corpo e/ou a mente. Acupuntura, reflexologia, cinesiologia, terapia, academia, trabalhos manuais, livros. Façam um Blog!!! Vocês verão que qualquer uma dessas opções, dentre outras, será de extrema utilidade a fim de "aliviar" um pouco a mente e liberar a energia negativa que circula pelo nosso corpo.

Todos nós devíamos, pelo menos, experimentar!

Se cuidem!

Bjim.

5 comentários:

Anônimo disse...

Oi Leca , não sou muito de escrever ,mas só para não passar em branco essa questão do emocional vou deixar um comentario. Meu Crohn também apareceu em 2000 , o diagnostico foi dado no inicio de 2001 , mas os sintomas surgiram antes. Por sinal , foi um ano bem interessante: Algumas paixões intensas seguidas de um brusco rompimento. Vestibulares atormentando a cabeça , afinal naquela época a escolha de um curso era de grande importância e definiria meu futuro como grandioso ou de total fracasso ( é oque costuma passar na cabeça da maioria dos jovens entre 17 e 18 anos ). Fumei maconha pela primeira vez (primeira e única ...ehehe ) e fui repreendido por vários amigos, que por sinal nem amigos eram... E para completar , eu também era um cara daqueles que engolem muitos sapos durante a vida ( pelo menos nisso eu consegui mudar! ). Tudo isso para comprovar a tese de que o emocional esteve envolvido ( pelo menos indiretamente ) no aparecimento do Crohn! Bjo

Mariana disse...

Oi Leca...
Não poderia deixar de passar por aqui e deixar um comentário... Eu acredito que em qualquer cisrcunstância o EMOCIONAL conta muito... Realmente, aprendi muito durante todo meu curso de Enfermagem que antes de atender qualquer problema de um paciente devemos nos preocupar em saber como anda o estado emocional do mesmo, por que nós sabemos que se não estivermos bem emocionalmente bloqueamos nossa vida em muitos sentidos, do mesmo jeito reage nosso organismo!
Muito interessante esse tópico, assim como os outros... Parabéns!

Leca Castro disse...

Mary, adoro seus comentários... nosso afã pela enfermagem nos torna especiais nesse sentido, não é mesmo?

Hélio, gostaria muito de responder seu comentário, mas vc não deixou um e-mail para contato. Volte sempre que foi muito legal sua visita. Queria conversar mais sobre os sapos que vc disse que não engole mais... rs

Bjins!!!!!

Anônimo disse...

Ah sim! Meu email...

vanjame@bol.com.br

bjo

Unknown disse...

Interessante.
Eu passei por um aborto e os sintomas começaram.
Muito emocional