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quarta-feira, 12 de março de 2008

12- O Primeiro Ano

Olá, queridos!

Relatei a vocês que descobri a Doença de Crohn (com diagnóstico confirmado) em abril de 2000.

Pois, bem... a diarréia continuava, mas agora eram somente (?) umas 5 vezes por dia... Repasso aqui como foi o ano de 2000 em minha vida. Nesse período, fui fazendo adaptações à nova realidade. Ainda não sabia se algumas reações eram normais ou não, se a quantidade de idas ao banheiro era preocupante ou não, coisas do tipo. Mas foi um ano que não quis preocupar nem aprofundar demais no assunto, falando de forma consciente agora. Na época, fiz somente as perguntas necessárias à minha médica e, analisando friamente hoje, creio que se deve ao fato de ter passado momentos tão angustiantes até chegar ao diagnóstico.

Por isso, o que tenho a relatar desse primeiro ano é muito pouco. Sinto como se tivesse tirado para descansar. Isso... estava cansada... fazendo uma retrospectiva agora, lembro perfeitamente do tanto que estava cansada...


Tive um casamento desfeito em 1991 (2 anos de casada apenas), fiquei sem economias, faculdade foi para vigésimo plano, os problemas do divórcio, a saúde de minha filha quando nasceu (teve refluxo gástrico severo, com bloqueio das vias aéreas respiratórias por duas vezes... ficou até roxa... tinha que vigiá-la 24 horas por dia. Essa vigília foi até seu 8º mês de vida), as tentativas profissionais frustradas (saí de um emprego para tentar negócio próprio com minha família, por 2 vezes), alguns traumas físicos e emocionais na minha vida pessoal, uma dermatite atópica que durou quase um ano (1999), a doença recente... é... deu prá cansar sim...

Tá na cara que problemas emocionais não faltavam, né???

Durante esse ano fiz consultas periódicas e o tratamento estava indo bem. Minhas evacuações fixaram-se na média de até 5 vezes ao dia e, aos poucos, fui me adaptando e acostumando com essa situação. Dizem que na vida a gente se acostuma com tudo, não é mesmo?

Bom... olhando hoje pelo meu prontuário, consta que fomos diminuindo a Sulfassalazina até chegar em 1,0 g/dia e o restante retiramos. Ela anotou também que observou que eu possuía um plicoma anal. Plicoma é um espessamento de uma parte da pele perianal (em volta do ânus), ou seja, um “pedaço de pele” a mais nessa região. Eu sabia que tinha isso porque ao lavar no banho eu sentia, e meu ginecologista também já tinha me explicado o que era. O plicoma surge, na maioria das vezes, resultante de uma inflamação nessa região.

Exatamente um ano após o diagnóstico, fiz revisão de exames para ver se tudo corria bem. Daqui prá frente vou citar os exames que fiz, mas os resultados só se houver alguma alteração.

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Oi, gente! A Dra. Vanessa, do post sobre pesquisa genética, entrou e contato e disse que algumas pessoas agendaram para fazer a coleta e não retornaram. Inclusive me passou os nomes, mas não conheço algumas. Solicito, encarecidamente, que procurem por ela novamente para agendar nova coleta, pois é um trabalho muito importante e significativo para nós, portadores de DII.

Quem ainda não sabe do que se trata, sugiro que leiam a postagem a respeito (9- Pesquisa Genética)

Encerro agradecendo ao amigo Mark, que a partir de agora me ajudará com as postagens, nas pesquisas necessários para esclarecimento às dúvidas de vocês... Obrigada, amigo!

Bjim!

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