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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

51- Consequências...

E fevereiro/2007 aconteceu e não pude ir no primeiro dia de aula. Passei uma noite horrível, a ferida começou a exudar e vazou na cama, tive uma dor de cabeça fortíssima e não tive ânimo para levantar, limpar tudo às pressas para poder sair às 6h da manhã. E minha falta de ânimo foi ver que a ferida estava “vazando”. Isso significava que ela estava infectada novamente. Justo agora que estava entrando em processo de cicatrização. Justo agora que minhas aulas começariam.

E o dia seguinte não foi melhor, e nem o seguinte.

No terceiro dia tive febre e resolvi ir até o Pronto Atendimento e mostrar ao cirurgião. Tinha certeza que algo estava errado pois em volta da ferida minha pele estava vermelha. Eu estava com os sintomas de uma inflamação: cor (vermelha), dor, edema (inchaço), calor. E a minha médica já me havia dito que quanto à ferida não adiantava ir até seu consultório pois lá não havia o que fazer.

Cheguei no PA de sempre e pedi para ser consultada pelo cirurgião plantonista e que precisava esperar deitada. Minha filha foi comigo e lá dentro ficamos esperando. Foi bom o tempo de espera porque pudemos conversar bastante. Quando o cirurgião chegou, disse a ele tudo o que tinha, desde a doença, passando pela cirurgia e a teimosia da ferida. E que a minha médica estava em cirurgia lá mesmo naquele momento, caso ele quisesse ela junto para a retirada da placa da bolsa. É que se ele tirasse a bolsa, teria que colocar outra e assim ela não veria, salvo se o hospital me bancasse 2 bolsas, o que achei que seria inviável.

Ele disse que iria até ela. Voltou, uma meia hora depois, dizendo que foi até o bloco, entrou na sala de cirurgia e conversou com ela, que disse que queria ver e que era para eu aguardá-la por volta de 1 hora. Na verdade ela demorou 2 horas, mas o que importava era uma solução para o caso. Quando levantei o lençol para retirar a placa da bolsa, ela disse que já dava para ver a inflamação, sem ver a ferida, pelo tanto que estava vermelho, inchado e quente ao redor. Retirei a placa e ela disse que não entendia como a ferida pôde piorar tanto em tão pouco tempo. Se vocês prestarem atenção, a última foto (postagem 49) é do dia 28/01/07 e o dia que relato era 05/02/07. Pena não ter levado a câmera ao hospital comigo, mas registrei a foto do dia 07. Vejam:

07/02/2007

A explicação que ela me deu foi de que evoluiu para uma inflamação grande (celulite) e que a suspeita era que haviam bactérias alojadas entre a hérnia e o estoma e elas se “alimentavam” da ferida. Como eu tive dias ruins pouco tempo antes, ou seja, fiquei emocionalmente abalada por motivos já relatados no mês passado, de alguma forma isso ajudou a desencadear todo esse processo. Solução: entrar com antibiótico imediatamente. De repente ela parou, olhou para a ferida, olhou para mim e disse:

- Alessandra, essa ferida não vai fechar tão cedo. Você não ficará estável emocionalmente por muito tempo porque é humana e tem seus problemas. Já é a terceira piora que você tem com essa ferida. Vamos aproveitar e fazer a cirurgia que estamos adiando por causa dela e assim resolvemos também o problema da hérnia?

- Como assim???

- Faço a incisão da cirurgia na ferida, corrijo a hérnia, o estoma, limpo o local da ferida até ela sumir, fecho e pronto. O que acha?

Na mesma hora concordei. Seria a solução para esse problema da ferida que vinha se arrastando há muito tempo. Topei na hora. Comecei o antibiótico e marcamos a cirurgia para daí a 10 dias, numa quarta-feira antes do carnaval. A única coisa chata é que tinha marcado novo encontro com meu namorado para o carnaval, onde ficaríamos 4 dias juntos. Mas precisava cuidar disso primeiro.

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