Pesquisar

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

45- O Estoma, ao vivo!

A partir desse post, começarei a mostrar fotos do meu estoma, que precisei tirar na época para registro da evolução da ferida. O problema é que algumas pessoas não conseguem ver fotos fortes assim, porque elas mostram a ferida. Por isso, peço desculpas, mas acho fundamental mostrar e divulgar...

Conforme combinado, no dia 02 de outubro de 2006 fui até o ambulatório do hospital para realizar a biópsia da ferida ao lado do estoma. É interessante como que anestesia local pega muito mal em mim. Senti muita dor durante o procedimento. Sangrou muito e senti ela cortando o pedaço da ferida e doeu mais ainda na hora dos pontos. Mas precisávamos fazer essa biópsia para descartar as suspeitas de Crohn na pele e de Pioderma Gangrenoso. E ainda fiquei “babando” com as mãos da médica em mim. Que precisão no corte e na hora dos pontos. Se não fosse a dor, teria aproveitado mais aquele momento para aprender.

E voltei para casa, com uma ferida a mais e com mais dor também. Essa foto é do estoma, da ferida, e o ponto cirúrgico da retirada de material para biópsia:

Vou abrir um espaço aqui para contar a vocês um acontecimento de meses atrás, que resolvi fazer uso nesse momento, em outubro de 2006. E quero ressaltar que vou relatar e assumir fazer uso de uma técnica que ainda não é aprovada pelo Conselho Federal de Medicina, nem pela ANVISA (por motivos óbvios), mas me convenci de que queria tentar em mim por um período de experiência. Estudei mais profundamente e cheguei à conclusão de que valia a pena. Minha intenção não é fazer propaganda nem tentar convencer ninguém de que a técnica funciona, mas de relatar minha experiência com ela. Uma amiga da família, logo após minha cirurgia, entregou a meus pais um DVD de um médico do Rio de Janeiro, Dr. Luiz Moura, onde ele explica o uso da Auto-hemoterapia: sua técnica e seus efeitos em vários tipos de doenças. A história dele com essa técnica vem de muitos anos atrás, logo quando se formou em medicina. Não entrarei em detalhes para não fugir do objetivo. Irei somente relatar em que consiste a técnica e sua relação com a doença de Crohn. Quem quiser pesquisar pode achar tudo que quiser na internet.

A explicação é bem simples e fácil de entender: retira-se um pouco de sangue da veia (de 5 a 20ml, dependendo da gravidade de cada caso), e aplica-se no músculo dos braços ou glúteos. Nosso organismo não reconhece o sangue fora da veia, portanto, ao aplicá-lo no músculo, ele achará que é um invasor e mandará “soldados” até o local para combatê-lo. Isso significa que nossas células de defesa serão produzidas em maior quantidade para garantir esse “ataque” ao invasor. Como o sangue é da própria pessoa, ele será absorvido sem problema nenhum pelo próprio organismo. Após algumas experiências, esse médico consegue provar, através de testes relatados por ele nesse DVD, que a taxa de macrófagos no sangue aumenta de 5% para 22%, e permanece assim durante 5 dias, quando a taxa começa a decrescer. Com isso, a técnica é refeita em 7 dias. Resumidamente é isso.

Bom, aí vocês podem me perguntar: se a Doença de Crohn é uma doença auto-imune, estimular a imunidade não é acelerar o processo da doença? O que consegue se concluir é que, no momento em que a taxa de macrófagos é aumentada, os mesmos se dirigem para a área invadida, onde o sangue foi aplicado. Isso desvia a ação deles da região onde a doença está atacando. E após pesquisar bem mais a respeito do assunto, decidi fazer sim. E o meu problema imediato, nem era a doença propriamente dita, mas a ferida que eu queria e precisava que fechasse, tamanha era a dor de cabeça que ela provocava. Além da dor, que não era pouca, havia ainda o fato de ter que cuidar, a questão da bolsa que não colava direito e também o medo. Eu mesma estava cuidando e o desgaste era gigante. E se essa ferida só piorasse? E a cirurgia para corrigir a hérnia do estoma? Com essa ferida ao lado do estoma, no local da hérnia, como fazer? E meus gastos aumentaram absurdamente pois a pasta (pomada) era muito cara e as trocas de bolsas se tornaram mais freqüentes. Não conseguia me locomover de ônibus porque forçava e doía muito, assim como doía no bolso ter que pagar cada corrida de táxi. O resultado disso foi novamente entrar no cheque especial da minha conta bancária. E meu emocional foi lá embaixo novamente...

Comecei então a procurar quem aplicasse a técnica da auto-hemoterapia. Queria começar com urgência. Consegui uma profissional da área da psicologia que fazia as aplicações e fui até sua clínica. Era dia 07 de outubro de 2006, um sábado chuvoso. Não estava com medo da técnica em si, mas ultimamente minhas veias estavam difíceis de serem puncionadas. E realmente houve essa dificuldade, mas conseguimos e saí de lá muito satisfeita. Como disse anteriormente, não quero aqui convencer ninguém, mas apresentar os fatos. As fotos que mostro a seguir são respectivamente do dia 04 de outubro (2 dias após a biópsia e 3 dias antes da primeira aplicação da auto-hemoterapia), dia 08 de outubro (1 dia após a AH) e dia 10 de outubro.




A mudança é gritante, principalmente porque feridas desse jeito levam um tempo para passar de uma fase para outra na recuperação.

Agora vou recuperar meu fôlego... até a próxima!

********************************


6 comentários:

Mariana disse...

Noooossa.... sem palavras.... inacreditavel alma amiga!! Em questão de poucos dias.... fiquei de boca aberta aqui hehe, bjo

Anônimo disse...

Ai q aflição!!!

Anônimo disse...

Olá..Leca..É Marcella, é verdade. A melhor maneira de enfrentar o problema e aceitá-lo e enfrentá-lo de frente. Lembro que qdo meu bebê foi colostomizado não tive vergonha de falar ou mostrar, mas minha mãe até hoje tem problemas de aceitação (12 anos) o que dificulta sua convivência com as demais pessoas. Parabéns por sua iniciativa, coragem e luta..Deus abençoe amiga..Bjos mil

Anônimo disse...

Olá..Leca..É Marcella, é verdade. A melhor maneira de enfrentar o problema e aceitá-lo e enfrentá-lo de frente. Lembro que qdo meu bebê foi colostomizado não tive vergonha de falar ou mostrar, mas minha mãe até hoje tem problemas de aceitação (12 anos) o que dificulta sua convivência com as demais pessoas. Parabéns por sua iniciativa, coragem e luta..Deus abençoe amiga..Bjos mil

Anônimo disse...

Boa noite. Pratico a Ah há 2 anos.. Poderia relatar por quanto tempo fez a Ah, qual a dosagem e rotina? Seira possível, postar este seu depoimeot nos fóruns sites e orkut? Sua colaboração controbuiria para que mais pessoas pudessem deste tratamento colher os benefícios que observou. Continua fazendo? Qual a dosegem? Posso postar este seu site nos fóruns emque participo? Curou-se? Seu filho está bem?
Fique com DEUS.
Olivares Rocha olivares@oi.com.br

Anônimo disse...

eu tambem fiz a hemo por sete meses e fui curado de uma doença por nome de rosa ceia depois que o dermatologista disse que não tinha cura eu fiz o tratamento e fique curado graças a Deus